Na próxima semana, Lady GaGa irá lançar o vídeoclipe de seu novo single “Judas”, uma música que previsivelmente irritou grupos católicos com suas duras críticas das histórias bíblicas do traidor de Jesus.
No video, que ela co-dirigiu com o coreografo canadense Laurieann Gibson, GaGa vai estrelar como a prostituta Maria Madalena, levando uma gangue de motociclistas apóstolos em uma perigrinação a Jerusalém. Em uma breve entrevista telefônica com o MSN antes do seu show no Bell Center em Montreal na segunda-feira, a cantora insistiu que o vídeo é uma afirmação de fé, e não um desafio à ela. O tema da fé também será um tema importante em seu terceiro álbum, “Born This Way”, que segundo ela está agora pronto para sua data de lançamento, 23 de maio, e sua próxima turnê para apoiá-lo.Como está o seu novo disco? Ele está terminado, né?
Na verdade, sim, é uma denominação do agora. Acabamos de limpar todas as misturas e eu tive uma experiência espiritual muito boa ontem à noite. Eu estacionei meu carro e sentei-me sozinha ali e fiquei ouvindo o album todo e eu chamei todos e disse que eu acho que estava pronto. Portanto, é no dominio do agora, e eu estou tão feliz com isso. Estou muito orgulhosa e é bom finalmente dar a luz a ele. Foram muitas semanas de dores do parto.
Onde você estava dirigindo ontem?
Em Nova York. Eu estava saindo de Manhattan para ir a Montreal.
Você tem um novo single, “Judas”. Enquanto crescia, você costumava ir a escola católica, isso é certo?
Sim.
Como sua formação católica ajudou a composição dessa essa faixa e álbum?
Bem, eu não diria necessariamente que minha escolaridade ajudou a composição nesse álbum, em particular. “Judas” é uma metáfora e uma analogia sobre o perdão e traição e as coisas que o assombram em sua vida e como eu acredito que é a escuridão que há na sua vida que acaba por final, iluminar e fazer brilhar a grandiosa luz que uma vez esteve dentro de você. Alguém uma vez me disse: “Se você não tem sombras, então você não está em pé sob a luz”. Assim, a música é sobre lavar os pés dos bons e dos maus, e o entendimento e perdoar os demônios do seu passado a fim de mover-se na grandeza de seu futuro. Eu apenas gosto de metáforas realmente agressivas – mais difícil, mais espessa, mais escura – e meus fãs também o fazem. Por isso, é uma metáfora desafiadora e agressiva, mas é uma metáfora.
Como essa metáfora será inserida no video da música?
Bem, o video, em essência, sugere que (pausa) o perdão e traição estão de mãos dadas, e que… Como eu digo isso? O video coloca o destino sobre todas coisas e mostra que os enganos da sua vida não verdade não são enganos, eles são apenas parte do seu potencial global e do seu destino.
E qual é o conceito?
Bem, eu quero que o vídeo fale por si só, mas eu vou dizer o tema do vídeo e a maneira como eu queria esteticamente retratar a história como uma filme motociclístico de Fellini onde os apóstolos são revolucionários em uma Jerusalém dos dias de hoje.. Eu faço Maria Madalena levando-os para a cidade onde encontramos Jesus e o resto você verá. Mas isso significa mais celebrar a fé do que desafia-la.
Você falou sobre “Judas” a ser sobre o perdão. Você pode perdoar a pessoa que vazou a música uma semana mais cedo?
Yeah! Você sabe, eu não me importo. Está certo. No final do dia, a música já estava pronta e estava pronta para ir, por isso é sempre difícil no fim de promoção, porque temos de apressar-mos e deixar tudo pronto para ir, mas estávamos preparados. Eu já gravei o vídeo e foi exatamente como eu queria e parece muito bonito e eu estou muito animada, os fãs puderam ouvir a música. Eu não fico obcecada com coisas desse tipo.
Eu tenho pergunta de um dos fãs do Facebook, chamada Chelsea. Ela gostaria de saber se a magnitude de seu sucesso já “caiu a ficha” em você?
Não está inteiramente claro pra mim, mas a magnitude da torcida e seu amor é algo que está muito claro pra mim, e é nisto que eu me concentro e em mais nada. Eu só os amo e regozijo tanto. Eu, em tantas formas, ainda me considero uma perdedora. Eu não sinto que eu mesma eu já comecei a mostrar aos fãs e ao mundo do que eu sou capaz musicalmente, então eu estou excitada pelo futuro. Eu não acredito que eu tenho colocado nem mesmo um dedo na lagoa, pra ser honesta. (NT: é uma adaptação do que ela disse, pois ” I’ve even put a dent in the pot” é uma frase que não tem
tradução equivalente para nós, então eu adaptei uma frase para nós entendermos o que ela quis dizer, que foi: eu ainda nem comecei a mostrar tudo)
De quais maneiras você desafia a si mesma com as composições e músicas do seu novo álbum?
Eu realmente me jogo musicalmente. Minha coisa favorita sobre o álbum é a composição, é realmente, realmente muito bonita as melodias e os refrões – qualquer uma das músicas podem ser retiradas da música em si e serem tocadas no piano e é apenas uma parte realmente incrível da música. Passamos tanto tempo a orquestrar o álbum, é muito épico e dramático e teatral. Do início ao fim pode-se imaginar que é uma trilha sonora de um musical. É muito especial para mim e eu coloquei meu coração e minha alma nele (no álbum) e eu sinto que tenho crescido muito como compositora.
Qual é a idéia mais louca que você teve, mas não conseguiu tirar?
A maioria delas, nós descartamos eventualmente. As vezes nós não temos tempo pra terminar tudo. Eu tenho tantas idéias que as vezes eu temo não conseguir mostra-las antes de morrer. Haus of Gaga é realmente incrivél e eu adoro os meus amigos, para cometer a nossa visão de conjunto e quase sempre começar lá fora, tudo polido e pronto. O que é mais importante pra mim, é que as idéias são bem executadas. Este album continuo o mesmo tipo de fascinio com a cultura pop como religião. É apenas uma assossiação muito mais profunda e em uma pronfundidade muito maior com a cultura pop como religião. Em “The Fame” e “The Fame Monster” eu estava analisando a fama no contexto da forma que só eu podia entender como alguém que ainda não a tinha. Assim era mais a arte da fama e agora que eu tenho meus fãs e eu tenho entre aspas, The Fame, o album é mais sobre a cultura pop na forma de religião, vozes jovens e a geração como uma religião, e o pensamento secular da religião, que se deslocam para a frente como a religião. Então, voltando à sua pergunta anterior sobre Judas como uma referência religiosa, é menos de uma referência à religião institucionalizada e mais de uma referência cultural em relação à cultura pop como uma religião.
Como é que vai representar essas idéias na próxima turnê do álbum?
Bem, eu estou fascinada com a iconografia e estou fascinada com a maneira que a iconografia é ensinada em termos de educação para o mundo, seja através da religião institucionalizada ou através do simbolismo, ou mesmo através do cinema e da música. Se eu pudesse colocar em uma frase, eu diria, se eles não fossem quem eram ensinados que seriam, você ainda acredita? Em muitas maneiras, é sobre fé e esperança, mas não no sentido religioso. É sobre fé e esperança na cultura, especialmente em uma época em todo mundo onde muitos estão necessitados de esperança, necessitados de compreensão, necessitados de amor, necessitados de ausência de prejuízo, necessitados de nenhum julgamento, necessitados de aceitação. Como podemos olhar a cultura da fé?
Quais icones você colocou sua fé como estilo de vida?
Eu coloco minha fé em meus fãs todos os dias.